Adusp
Homenagem da Adusp a João Zanetic (1943-2024) será no dia 6 de maio (terça), às 19h, no Instituto de Física
Uma homenagem à memória do professor João Zanetic, por ocasião do aniversário de sua morte, será realizada no dia 6 de maio (terça-feira), às 19h, no Auditório Cesar Lattes do Instituto de Física (IF-USP). Haverá também participação remota, disponível aqui. João, ou “Z” como era carinhosamente chamado por amigos e camaradas de luta, faleceu em 25 de abril de 2024, aos 81 anos, em decorrência de complicações de um acidente vascular cerebral.
Em outubro de 2024 o IF já havia organizado uma primeira homenagem a ele, por sua atividade de pesquisa na área de ensino da Física e sua participação nos cursos de licenciatura. Desta vez é a Adusp que promoverá uma cerimônia de celebração in memoriam, com apoio da família de João, nas figuras de Nana Hatakeyama, sua companheira, de Mariana, sua filha, e de André, seu filho.
Além da presença de familiares, já está confirmada a participação no evento de colegas, amigos e ex-alunos de João. O Fórum das Seis, cuja criação foi defendida por ele, também estará presente.

Professor do Departamento de Física Experimental, “Z” foi um dos principais nomes do movimento docente da USP. Presidiu a Adusp por duas vezes (1991-1993 e 2009-2011) e participou igualmente das atividades do Andes-Sindicato Nacional. Após aposentar-se em 2013, continuou militando nas causas relacionadas ao Grupo de Trabalho Políticas de Educação (GTPE) da Adusp. Engajou-se ainda na luta em defesa do Hospital Universitário da USP (HU).
Graduado e mestre em Física pelo IF, mestre em Science Education pela University of London, João doutorou-se em Ensino de Física pela Faculdade de Educação da USP, tendo como orientador Luis Carlos de Menezes. O título de sua tese, “Física também é Cultura”, defendida em 1990, reiterava sua trajetória como professor, iniciada duas décadas antes. “Como docente e pesquisador, Zanetic destacou-se por buscar construir laços entre a ciência e as artes, ou a cultura de modo geral”, assinalou reportagem publicada pelo Informativo Adusp Online por ocasião de sua morte.
“Essa preocupação, que aparece na sua tese de doutorado, será retomada em textos como seu artigo ‘Física e literatura: construindo uma ponte entre as duas culturas’, publicado em 2006. ‘Este artigo defende a aproximação entre física e literatura como uma forma útil de interpretar o mundo. Utilizo nessa aproximação a filosofia de Gaston Bachelard, explorando sua discussão sobre perfis epistemológicos em que comparecem doutrinas filosóficas que vão do realismo ingênuo ao ultra-racionalismo, compreendendo entre elas o empirismo determinista da física clássica e a indeterminação da física contemporânea’, explica ele no abstract.”
A Sociedade Brasileira de Ensino de Química o descreveu como “um visionário no ensino de Física”, que editou o primeiro número da Revista Brasileira de Ensino de Física e foi uma voz ativa na política educacional.
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