Primeira reunião de negociação será em 11/5

Não custa lembrar aos reitores: data-base é pra valer!

CSOs colegas já devem ter tomado conhecimento, por meio do Boletim do Fórum das Seis de 29/4/2010, do conteúdo do ofício Cruesp nº 5, que agenda a primeira reunião de negociação para 11/5. Apesar da insistência do Fórum para que a negociação se iniciasse no mês de abril, a data da primeira reunião foi antecipada em apenas uma semana, em relação ao ano passado. De qualquer forma, mantemos a expectativa de que a negociação deste ano possa “chegar a bom termo em todos os sentidos”, como afirma o Comunicado da Reitoria da USP de 29/4. Afinal, data-base é pra valer!

O ofício nº 5 contém ainda uma novidade inusitada: informa que a “nova sede permanente” do Cruesp está localizada na rua Itapeva, no Edifício Itapeva One. Por que será que mudaram o local da sede que, já há muitos anos, se situa nas dependências da reitoria da Universidade na qual o presidente do Cruesp é docente?

Provavelmente, nessa primeira reunião, a pauta será constituída pelo reajuste de data-base, ou seja, uma resposta do Cruesp à reivindicação, contida em nossa pauta unificada, de reposição de 16%, correspondente à inflação e à parte das perdas históricas, e de uma parcela fixa que visa diminuir a relação entre os menores e os maiores salários. O Cruesp atenderá prontamente a essa reivindicação? Virá com outro índice intermediário entre esse e a inflação de maio de 2009 a abril de 2010? Virá apenas com a inflação? Como será tratada a solicitação de extensão aos funcionários do reajuste de 6% dado aos docentes? Quais serão os cenários econômicos que os técnicos do Cruesp trarão para a reunião técnica de 6/5? A planilha do Cruesp encaminhada ao Fórum das Seis em 3/5 mostra crescimento da arrecadação do ICMS.

Outra observação cabe aqui com relação a esse ofício nº 5, à luz do conteúdo do ofício nº 2 do Cruesp, de 12/4, quando era dito, entre outras informações, que antes do final de abril o Cruesp se comprometia “em divulgar o cronograma das reuniões conjuntas”. O ofício mais recente não cumpriu essa promessa, uma vez que só anunciou a data da primeira reunião entre o Fórum das Seis e o Cruesp. Quando serão negociados os outros três eixos centrais: não criminalização do movimento, permanência estudantil/gratuidade ativa e mais recursos para a educação pública? Esses eixos, que também estiveram presentes nas datas-bases dos anos mais recentes, não chegaram a ser pautados de forma adequada.

Esperemos que a mudança de sede do Cruesp seja acompanhada de uma mudança de atitude dos reitores para uma efetiva negociação de data-base, que respeite o conteúdo das várias reivindicações contidas na pauta unificada do Fórum das Seis.

Finalmente, cabe comentar as deliberações da última Assembleia Geral da Adusp, ocorrida em 29/4:

  1. Propor ao Fórum das Seis a discussão referente a oficiar o Cruesp para que as reuniões de negociação ocorram nas universidades e não na nova sede do Cruesp, na rua Itapeva.

  2. Participar do ato de 11/5, dia de mobilização, durante a primeira reunião com o Cruesp, na rua Itapeva.

Embora o Fórum das Seis tenha indicado paralisação no dia do ato, a assembleia decidiu indicar ao conjunto dos docentes da USP a necessidade de marcarmos um dia de mobilização, com participação no ato, visando sensibilizar os reitores para que venhamos a ter negociações realmente efetivas.

A assembleia da Adusp de 13/5 analisará a proposta de reajuste salarial emanada dessa primeira reunião, e construirá sua resposta a ser encaminhada ao Cruesp por meio do Fórum das Seis.

Conclamamos nossos colegas A PARTICIPAREM DA MOBILIZAÇÃO E do ato no dia 11/5!

EXPRESSO ADUSP


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