EACH
Assembleia conjunta da EACH define condições para volta ao campus leste
Realizada em 21 de janeiro no auditório da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação (EA-FE), a assembleia conjunta da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) definiu as condições que precisam ser atendidas para que docentes, funcionários e estudantes venham a retomar, futuramente, as atividades no chamado campus leste, interditado em 9 de janeiro de 2014, por decisão judicial da 2a Vara da Fazenda Pública, que a USP ainda não contestou. A direção eleita da unidade — Maria Cristina Motta de Toledo (diretora) e Neli Aparecida de Mello-Théry (vice-diretora) — foi convidada e compareceu à assembleia. A professora Maria Cristina foi a primeira a se manifestar.
Atendimento aos condicionantes fixados pela Cetesb, em 29/11/2012, para concessão da licença operacional; laudo do Corpo de Bombeiros atestando haver segurança nos prédios do campus; maior participação da Comissão de Meio Ambiente da EACH nas medidas corretivas; clareza quanto aos prazos de implantação das medidas. São estas as condições definidas após amplo debate na assembleia, com participação das três categorias.

Algumas pessoas propuseram a inclusão, entre as condições, da responsabilização dos agentes públicos que, por ação ou omissão, provocaram ou permitiram a crise institucional e ambiental da EACH. Após debate, contudo, saiu vitoriosa a proposta de cobrar da Reitoria a responsabilização, porém sem incluir esse ponto como uma das condições para o futuro retorno ao campus leste.
Reuniões com Zago
Também será pedida à Reitoria mudança nos cargos diretivos da Superintendência do Espaço Físico (SEF-USP). Será encaminhado ao Conselho Universitário pedido de inclusão de um ponto de pauta, já na primeira reunião do ano desse colegiado, sobre a situação da EACH.
Foi aprovada, igualmente, solicitação de duas reuniões com o reitor eleito Marco Antonio Zago. Uma com a Comissão de Mobilização e a Adusp, e outra com o conjunto da comunidade da EACH. (Zago já respondeu que marcará as reuniões pedidas assim que tomar posse. O professor Osvaldo Nakao, indicado por ele para acompanhar as questões da EACH, marcou reunião com a comissão ambiental para o dia 27 de janeiro.)
Os calouros de 2014 receberão uma carta explicativa, elaborada pelo movimento. O texto básico foi aprovado na assembleia. Serão realizados debates com a finalidade de esclarecer aos novos alunos o contexto em que se inicia o ano letivo. Uma outra carta será enviada às congregações das outras unidades da USP.
Desmantelados
Os participantes da assembleia relataram os problemas enfrentados com a interdição da EACH e consequente transferência das atividades de docentes e funcionários para outros locais. “Estamos desmantelados, ocupando espaços de favor. Nosso dia a dia é insuportável”, relatou o professor Antonio Carlos Sarti, que oferece uma disciplina da EACH no Instituto de Psicologia, e por ser supervisor de estágios, também se desloca para uma sala precariamente instalada na Escola de Enfermagem (EE).
“Estamos esquartejados, porque não somos prioridade na mesa da USP. O mínimo que a USP deveria fazer é desalojar uma parte do novo prédio da Reitoria [reformado], em vez de colocar a diretora eleita da EACH numa salinha mal acomodada e minúscula do Cepeusp, sem condições de higiene e de trabalho”, protestou, recebendo aplausos.
Uma alternativa pensada na assembleia foi a transferência das atividades da unidade para algum local da própria zona leste, dadas as dificuldades de locomoção decorrentes da distância entre o campus leste e as unidades que hoje abrigam setores e aulas da EACH. Sem contar o fato de que, quando se iniciar o ano letivo de 2014, é provável que surjam novas dificuldades para docentes, alunos e funcionários da EACH hoje provisoriamente instalados no campus Butantã e na EE.
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