O GT-Saúde da Adusp foi recebido em 18/4 pela superintendente do HU, professora Sandra Grisi, conforme previamente agendado. O GT buscava informações sobre mudanças que o processo de implantação do Sistema Próprio de Saúde da USP, aparentemente acelerado, está trazendo para o atendimento das demandas médicas da comunidade.

A professora informou que a maior mudança decorrente desse processo, por enquanto, é o fato de quaisquer exames complementares solicitados por médicos do HU ou da UBAS não poderem mais ser agendados pelo hospital, precisando ser liberados (ou não) pela Coordenadoria de Saúde da USP. Ela explicou, ainda, que a impossibilidade hoje de se agendar consultas na Oftalmologia se deve ao acúmulo de vários meses de exames já marcados e à falta de consultórios especializados, já que os existentes são da década de 1980. Nessa área, atualmente, estão sendo atendidos apenas casos emergenciais.

Quanto ao atendimento no Pronto Socorro do HU, este permanece sempre muito pressionado pela demanda. O Hospital Sorocabano, que deveria atender parte desta, continua desativado e sem previsão de retomar o atendimento ainda em 2012, pelo menos. A superintendente afirmou que a implantação de um sistema de pré-diagnóstico, que classifica os atendimentos de acordo com a urgência/emergência em termos de risco, está sendo testada no Pronto Socorro.

Insuficiências

Durante a troca de informações e opiniões, a professora Sandra Grisi reiterou que o HU continua sendo, conforme a intenção inicial, um equipamento secundário de atenção à Saúde. Boa parte da problemática que se apresenta no Butantã, em particular à comunidade USP, é a falta ou insuficiência nos dois extremos do sistema de saúde: a atenção primária, que deveria ser provida pela(s) UBAS e pelas unidades correspondentes estaduais e municipais; e o atendimento terciário, de maior complexidade, que corresponde a hospitais mais equipados e em geral maiores, como o Hospital das Clínicas. Desse modo, as consultas de rotina (as mais frequentes), que correspondem à atenção primária, sobrecarregam a demanda do hospital.

A superintendente relatou, ainda, que recebeu algumas informações, solicitadas pelo Conselho Deliberativo do HU, sobre o processo Sistema Próprio da USP, que, no entanto, não esclarecem quais outros hospitais e serviços estariam sendo credenciados para prestar atendimento secundário e/ou terciário. Haverá uma reunião dos coordenadores de áreas do HU com o médico Walter Fernandes, diretor da nova Coordenadoria de Saúde, para discutir as demandas e possibilidades de atendimento secundário desse hospital, dentro do novo sistema.

A professora também não conhece detalhes da construção de mais uma UBAS com 11 consultórios no campus Butantã, conforme publicado na Revista Espaço Aberto (nº 135, p. 19, jan./fev. 2012) da Coordenadoria de Comunicação Social. O GT-Saúde pretende agendar proximamente uma reunião com um dos coordenadores de Saúde da USP.

 

Informativo nº 344

EXPRESSO ADUSP


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