Defesa da Universidade
Pouco diálogo, precarização e foco no produtivismo marcam gestão V.Agopyan-A.C. Hernandes
A Adusp lançou uma campanha de cards que vêm sendo veiculados pelas redes sociais – Instagram, Twitter, Facebook e WhatsApp – tendo como foco a avaliação da gestão V.Agopyan-A.C. Hernandes na Reitoria da USP, que se encerra no mês de janeiro de 2022.
“A campanha de cards, com frases curtas e charges, foi nossa escolha para divulgar a análise que fazemos da gestão Vahan-Hernandes”, diz a professora Vanessa Martins do Monte, 1a. secretária da Diretoria da Adusp. “A opção pelo formato pretende facilitar o compartilhamento em redes sociais e de mensagens instantâneas, provocando a necessária discussão crítica sobre a atuação dos reitores de nossa universidade.”
Os 11 cards, dez deles com arte do cartunista José Nogueira Ohi e um de Minoro Naruto, abordam quatro blocos temáticos definidos pela Diretoria da entidade. O primeiro refere-se ao diálogo, ou à falta dele. Na avaliação da Adusp, “a gestão Vahan-Hernandes mostrou-se extremamente fechada ao diálogo e pouco democrática” e, “ao mesmo tempo, submeteu-se a pressões do governo estadual”.
Em relação às ações referentes à pandemia da Covid-19, a entidade considera que a Reitoria “flertou com o negacionismo (…), ignorando as pesquisas realizadas por sua própria comunidade”. “E foi além: puniu as pessoas quando mais precisavam de auxílio nesse período de pandemia.”
No bloco de quatro cards dedicados a salários e carreira, a Adusp pontuou que a gestão reitoral “desvalorizou e precarizou ainda mais a carreira docente”; “usou os processos de avaliação como mecanismos de punição, competição e humilhação” e “desconsiderou a maternidade nas avaliações”.
O quarto bloco, que aborda privatização e produtivismo, constata que a gestão “fez avançar o modelo gerencial de universidade, incentivando o empreendedorismo acadêmico e reduzindo-a somente a uma dimensão, a ‘universidade de pesquisa’”.
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