Em assembléia realizada em 1º/10, os estudantes da USP decidiram, por maioria, não participar do processo de votação promovido pela Adusp, denominado Eleição Democrática para Reitor(a). Além disso, aprovaram o boicote à eleição oficial — assim, os representantes discentes nas congregações, conselhos centrais e Conselho Universitário deixarão de votar — e deliberaram realizar atos públicos de protesto nas datas previstas para a realização do primeiro e segundo turnos (20/10 e 10/11).

A assembléia apresentou-se dividida em quase todas as votações. Uma proposta de eleições diretas para Reitor, por exemplo, como um dos eixos do movimento, foi a voto quatro vezes, porque os contrários a ela não aceitavam a decisão da mesa de proclamar a vitória por contraste visual. Realizada a contagem na quarta votação, a proposta venceu por 89 votos a 62.

O professor João Zanetic, presidente da Adusp, compareceu à assembléia para defender a proposta da entidade. Ele explicou que, embora a Adusp não reconheça a legitimidade da forma de sucessão na Reitoria, e tenha sempre defendido “eleições diretas, paritárias, que terminem na universidade no caso do Reitor e nas unidades para os diretores, sem lista tríplice”, considera importante explorar as contradições do processo oficial, o que a levou a organizar a Eleição Democrática prevista para 14 e 15/10.

Para Zanetic, boicotar as eleições oficiais não implica necessariamente negar o processo organizado pela Adusp: “Não entendemos que o boicote seja contraditório com a Votação Democrática, pelo contrário”. Esta, aliás, foi precisamente a posição da APG, que boicotará a eleição oficial, mas participará da Votação Democrática.

O professor Francisco de Oliveira esteve na assembléia para explicar sua condição de anticandidato.

 

Matéria publicada no Informativo nº 294

EXPRESSO ADUSP


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