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Prêmio busca ampliar a interação entre produção acadêmica e ativismo

O Grupo de Trabalho em Propriedade Intelectual (GTPI) foi fundado há 12 anos pela Rede Brasileira de Integração dos Povos, para monitorar as políticas de propriedade industrial e intelectual no contexto dos tratados internacionais. Em 2015, com o intuito de ampliar a interação entre a produção acadêmica e o ativismo no tema “patentes farmacêuticas e acesso a medicamentos”, o GTPI promove a primeira edição do “Prêmio GTPI Jacques Bouchara de produção acadêmica voltada para o ativismo”.
O prêmio terá como finalidade “premiar artigos elaborados por estudantes e pesquisadores de diversas áreas, que contribuam para a construção do conhecimento e que gerem novos dados no campo do acesso a medicamentos”. Serão premiados os trabalhos que cumpram os requisitos de avaliação dispostos no item 5 do edital “e que sejam voltados para suprir lacunas de informação hoje existentes ou para qualificar demandas e recomendações políticas relevantes para a garantia do acesso a medicamentos”. Os trabalhos premiados serão divulgados amplamente e será incentivada a sua incorporação na agenda de trabalho do GTPI.
O prazo para envio dos artigos é 15 de junho de 2015. Os interessados devem encaminhar os artigos à Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA), à Avenida Presidente Vargas, 446 – 13º andar, CEP: 20071-907, Rio de Janeiro (RJ) (telefone 21 2223-1040). O edital completo está disponível na página da Rebrip.
Pioneirismo
Jacques Bouchara foi professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME-USP) e um dos fundadores do Grupo pela Vidda-SP (1989) e do Nepaids-USP (1990). “Foi militante do movimento estudantil e da Adusp. Na sua breve, porém profícua trajetória como ativista do movimento social de AIDS, foi idealizador e um dos primeiros editores da publicação Cadernos Pela Vidda”. Jacques faleceu em 1991, em decorrência da AIDS.
A publicação do Grupo pela Vidda-SP surgiu para informar os soropositivos sobre suas opções de tratamento e encorajá-los a reivindicar acesso aos tratamentos. “Rapidamente, o Cadernos pela Vidda se tornou uma ferramenta fundamental para assegurar a democratização e o acesso a informações sobre tratamentos, um estímulo para que pessoas vivendo com HIV/AIDS assumissem uma postura ativa na administração de sua saúde e um elemento político na luta por justiça e universalidade no tratamento”, informa o professor Jorge Beloqui, colega de Jacques no IME e também soropositivo. “Jacques é, portanto, um pioneiro que, de forma muito corajosa num momento em que as opções de tratamento eram tão reduzidas, contribuiu para organizar a sociedade civil na luta pelo acesso a medicamentos”. E arremata: “No aniversário de seu falecimento foi plantada uma árvore no jardim do IME que atualmente está muito bonita!”
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