Universidade
Sintusp realizará ato no dia 6/11 para protestar contra modelo de progressão na carreira anunciado pela Reitoria
O Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) convocou um ato na próxima quarta-feira (6/11), em frente à Reitoria, para protestar contra o modelo de progressão na carreira dos(as) servidores(as) técnico-administrativos(as) anunciado por meio da Portaria GR 8.607/2024, assinada pelo reitor Carlos Gilberto Carlotti Jr. e publicada no último dia 22/10.
As regras estabelecidas pela portaria determinam que, para concorrer à progressão horizontal, o(a) servidor(a) deve, entre outros itens: “ter, no máximo, 1 competência Crítica, no Plano de Desenvolvimento Individual (PDI)”; “ter obtido, no mínimo, 67% de avaliação como Frequente/Sempre na Avaliação das Competências, considerando Autoavaliação, Avaliação pela chefia e Avaliação por pares”; “ter obtido, no Nível de Complexidade da Avaliação de Desempenho realizada pela Chefia, o resultado ‘Sim, atende plenamente’”.
Para a progressão vertical adicionam-se, entre outros itens: “estar enquadrado no nível 1 (quaisquer graus) ou nos níveis 2, 3 ou 4 (grau D)”; “ter obtido, no Nível de Complexidade da Avaliação de Desempenho realizada pela Chefia, o resultado ‘Sim, atende e já está demonstrando prontidão para o próximo nível’”.
De acordo com o sindicato, essas regras excluem automaticamente grande número de servidores(as) da possibilidade de progressão. Além disso, a extensa e complexa avaliação realizada pelos(as) funcionários(as) e seus pares acaba por não ter nenhum peso no processo.
“Para concorrer à progressão na carreira o único ponto que importa é a avaliação da chefia sobre o nível de complexidade na avaliação de desempenho. Se não iria valer nada a nossa visão, por que fomos consultados?”, questiona o Sintusp. O sindicato critica ainda a impossibilidade de o(a) servidor(a) ingressar com um recurso.
O Sintusp convocou uma assembleia da categoria na última quarta-feira (30/10), na qual foi aprovada, além da realização do ato do dia 6/11, a exigência de que a Reitoria revogue os itens da portaria que excluem funcionários(as) previamente, garantindo que todos(as) possam concorrer à progressão — seja a vertical para os que estão no nível 1, seja a horizontal, em todos os níveis.
A assembleia também aprovou a reivindicação de que seja aberto um período de recurso para aqueles(as) que se sentirem injustiçados(as) pela avaliação.
Outra medida aprovada é a realização de uma campanha de envio maciço de e-mails ao reitor, à vice-reitora, ao coordenador da Coordenadoria de Administração Geral (Codage), João Maurício Gama Boaventura, e ao diretor-geral do Departamento de Recursos Humanos, Wilson Aparecido Costa de Amorim, para exigir mudanças no processo.
O Sintusp denunciou em reiteradas ocasiões, inclusive em reuniões do Conselho Universitário (Co), os problemas do processo de avaliação e progressão, concebido por uma consultoria privada e sem participação da categoria diretamente interessada. Além disso, as regras para a definição das progressões só foram divulgadas pela Reitoria depois de concluído o processo de avaliação, ou seja, sem que os(as) servidores(as) soubessem previamente os critérios a serem utilizados para a progressão.
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