Em atividade realizada em 21/8, o Núcleo de Consciência Negra (NCN) lançou uma campanha pela criação da Casa de Cultura Negra no campus Butantã da Universidade de São Paulo. Segundo a entidade, o projeto arquitetônico do espaço já existe desde a década de 1990: seu autor é o arquiteto Oscar Niemeyer. “À época, fizemos uma discussão política na USP e entramos em contato com Niemeyer para ajudar. Hoje, não abrir a Casa de Cultura Negra será sinônimo de impedir o conhecimento sobre o povo negro, que foi sujeito na construção do Brasil. Se temos uma Casa de Cultura Japonesa na USP, por que não podemos ter uma Casa de Cultura Negra?”, disse Jupiara Gonçalves Castro, fundadora do NCN e trabalhadora na FMUSP.  

Vanessa Couto da Silva, coordenadora do NCN, falou da vulnerabilidade da entidade frente às demolições dos barracões no entorno da sua sede. “Ora ficamos sem água, ora sem telefone. A pergunta é: por que a USP rejeita tanto o NCN em seu campus? Queremos mudar essa realidade que não dá espaço para a cultura negra na academia”. 

Representantes do DCE e da APG também estiveram presentes. O professor João Zanetic, ex-presidente da Adusp, deu seu apoio à causa: “Dentre os seus mais de 5 mil docentes, a USP não deve ter mais de 20 professores  negros. A Casa de Cultura Negra tem sua importância e o peso de um projeto feito por Niemeyer deve ser propagandeado”. 

 

Informativo nº 350

EXPRESSO ADUSP


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