Defesa da Universidade
Aulas do segundo semestre serão mantidas de forma remota na USP, Unesp e Unicamp
Plano de “readequação das atividades acadêmicas” da USP foi apresentado na “reunião de dirigentes” realizada nesta terça-feira (16/6). Primeiro semestre será encerrado no dia 18/7, e o início do segundo semestre será em 18/8. Aulas práticas serão repostas “de modo condensado” entre janeiro e março de 2021
Adriana Cruz/Assessoria de Imprensa da Reitoria |
Reunião virtual debateu manutenção das aulas a distância |
As atividades da USP, incluindo as aulas de graduação e pós-graduação, serão mantidas de forma remota no segundo semestre deste ano. O plano de “readequação das atividades acadêmicas”, conforme o denominou texto publicado pelo Jornal da USP, foi elaborado por um grupo de trabalho coordenado pelo vice-reitor Antonio Carlos Hernandes e apresentado nesta terça-feira (16/6) na “reunião de dirigentes” da universidade — instância que não existe no Estatuto da USP, mas que vem sendo mantida na modalidade virtual durante a quarentena, em detrimento do Conselho Universitário (Co).
O pró-reitor de Graduação, Edmund Chada Baracat, informou na reunião que o primeiro semestre letivo deve ser encerrado no dia 18 de julho. Após as férias, o segundo semestre será iniciado com aulas não presenciais no dia 18 de agosto. As aulas e atividades práticas de 2020 deverão ser repostas de janeiro a março de 2021. “É importante destacar que esse calendário poderá ser revisto no momento em que a situação epidemiológica for favorável”, afirmou Baracat.
O planejamento foi realizado a partir da sistematização das respostas que as unidades enviaram aos questionamentos que a Pró-Reitoria de Graduação encaminhou no final de maio sobre as dificuldades e condições para a conclusão das atividades acadêmicas do primeiro semestre e as possibilidades de organizar as aulas práticas “de modo condensado no começo de 2021”. O Grupo de Trabalho também levou em conta os documentos publicados sobre a pandemia da Covid-19 pelo governo de São Paulo.
O pró-reitor adjunto de Pós-Graduação, Márcio de Castro Silva Filho, afirmou que também na pós serão mantidas as aulas não presenciais. Ainda segundo o Jornal da USP, na pós “1.116 disciplinas estão sendo oferecidas na modalidade não presencial”. Neste primeiro semestre, de acordo com o professor, foram realizados até o momento 631 exames de qualificação, 431 defesas de mestrado e 295 defesas de doutorado.
“Não teremos de volta a mesma realidade do início do ano e estamos no comando de uma instituição exemplar mundialmente e com muita responsabilidade. Temos de dar respostas às demandas internas e externas e teremos muitos desafios pela frente. A mudança cultural não é simples, pois estamos rediscutindo conceitos e precisamos tomar decisões diante das incertezas. Nossa premissa básica está fundamentada na proteção e na preservação da saúde de nossa comunidade universitária”, disse na reunião o reitor Vahan Agopyan.
Os campi da USP continuarão com restrição de acesso. Atividades como viagens nacionais e ao exterior, recebimento de estrangeiros, trabalhos de campo e eventos científicos, artísticos, culturais e esportivos presenciais seguem suspensos. Restaurantes, bibliotecas, centros esportivos e culturais e auditórios e anfiteatros também permanecerão fechados, e as atividades administrativas continuarão sendo realizadas de forma remota.
De acordo com reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo, a Unicamp e a Unesp também decidiram que as aulas do segundo semestre letivo, a partir de agosto, serão retomadas de forma remota. A Unicamp promoveu mudanças em seu sistema de avaliação para que os docentes, em vez de atribuir notas, façam a avaliação dos alunos com base em conceitos de “suficiente” ou “insuficiente” para aprovação, enquanto a Unesp começou a instalar estúdios nas unidades e a treinar docentes e funcionários para utilizar as ferramentas de educação a distância.
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