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Chapa 2: Cardoso-Ramires
“Nosso compromisso com o país não pode ser afetado por amarras burocráticas típicas do serviço público”
A Chapa 2 é favorável a revisão estatutária que deverá ser iniciada de imediato.
A Chapa 2 avaliará o impacto do novo Inclusp em relação às metas estabelecidas. Em função desta análise, se for o caso, corrigir seus rumos visando atender ao que foi preconizado.
I. Concepção e financiamento da universidade
Em nossa proposta defendemos a USP como um bem público e como tal deve ser tratada. A expansão da dotação orçamentária deve ser um programa de estado que implique crescimento do sistema público de ensino superior e que envolva todos os seus atores. Este crescimento deve ser pautado na manutenção da qualidade, da valorização do mérito com ações afirmativas para inclusão das minorias e estudantes oriundos das escolas públicas.
A infraestrutura dos campi não apresenta condições para permitir o livre ingresso da população em suas instalações. Não tem banheiros públicos adequados e nem condições de garantir a segurança dos frequentadores. Assim, no estado em que se encontram não há como atender este quesito em face do apresentado.
Quanto à PM devemos rever o relacionamento da universidade com esta instituição. Sua presença se faz sentir nas ocasiões de delitos de natureza criminal e só! A PM deve ser um acessório para nossa equipe de segurança e não nossa própria equipe de segurança. Ela deve ser acionada nas ocasiões citadas, mas não deve comandar nossa tropa.
Defendemos ampla interação com o setor produtivo, para o qual construiremos uma ponte segura de relacionamento, para garantir a transparência e bem defender a coisa pública.
II. Democratização da universidade
A democratização da USP é o que todos buscamos. Vamos refazer os canais de comunicação perdidos. Nossas instituições serão chamadas para rever o estatuto de modo a diluir o poder reitoral e tornar mais representativo aquele que nos conduzirá. O mesmo deverá acontecer com o restante da cadeia. Por sua especificidade a USP não pode ser tratada como uma simples repartição pública. Somos autônomos e vamos exercer nossa autonomia em sua plenitude. Vamos lutar para que esta autonomia seja de fato global, e não parcial como ocorre atualmente, pois nosso compromisso com o país não pode ser afetado por amarras burocráticas típicas do serviço público.
A fiscalização e interlocução com a sociedade não deve estar restrita a um conselho. Deve ser uma função do agente público, logo uma função que cabe a todos nós.
Esta gestão nos levou a pensar que o deve ser feito para a Universidade é aquilo que o reitor quer. Não será mais assim. Todas as questões de interesse da comunidade serão discutidas e seus processos não serão engavetados pela burocracia. Vamos discuti-la até a decisão final em nosso órgão superior. Vamos sim, dar diretrizes conceituais para melhoria de nosso ensino, pesquisa e atendimento à comunidade, como sugerimos em nossas propostas já difundidas (www.professorcardoso.com.br), mas a legislação terá sua condução nas mãos da comunidade representativa de nossa corporação.
III. Condições de trabalho acadêmico
Durante o período que nosso candidato a vice-reitor, professor Ramires, conduziu a CERT, as unidades foram chamadas para conceber o seu perfil docente. Esta postura mostrou-se acertada, pois as características de cada uma delas foram contempladas nos critérios de avaliação.
Nossa diversidade mostra que um critério único de avaliação para todos é divisionista e causa conflitos. Esta postura da avaliação única não será praticada em nossa gestão, mas a unidade será chamada para a sua concepção.
A rediscussão ampla não será realizada apenas na estrutura da carreira docente. Ela será realizada em toda a administração, para corrigir erros do passado, torná-la mais saudável e que contemple nossas diferenças.
O financiamento à pesquisa deve ser visto como contrapartida a investimentos captados de agências de fomento, pois vários quesitos não são contemplados pelos editais. Serão dados incentivos ao jovem docente que inicia sua vida como pesquisador independente e um tratamento diferenciado para os grandes laboratórios na manutenção de seus espaços.
A USP deve ter um foco na sua atividade-fim e deixar atividades de apoio para outros. No entanto, a contratação deve ser feita com competência e com critérios rígidos para garantir a segurança dos colaboradores.
A questão da saúde será atacada de imediato. Há muito tempo esperamos uma resposta da Universidade nesta questão. Temos projeto pronto para esta área, feito por gente competente que dará a segurança tanto esperada por todos.
IV. Relação com movimentos e entidades
Como dito, os canais de comunicação serão restabelecidos. As práticas do diálogo, da escuta privilegiada serão práticas correntes. O contato permanente com as entidades e movimentos da USP estará baseado em agendas, com periodicidade compatível ao momento, como fizemos quando conduzimos a Escola Politécnica.
Informativo nº 373
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