A Assembleia Geral ordinária de 18 de junho, nos termos do estatuto da Adusp, foi convocada para a aprovação do relatório de atividades no período de maio de 2023 a abril de 2024.

A presidenta da entidade, Michele Schultz, deu início aos trabalhos apresentando elementos gerais do relatório,​ destacadamente, aspectos do avanço da extrema-direita na conjuntura internacional, nacional e estadual, as principais lutas do período e a campanha de data-base de 2023 e 2024. Enfatizou a importância da atuação dos grupos de trabalho da Adusp e agradeceu às funcionárias e funcionários que contribuíram para a confecção do relatório. Quanto ao relatório financeiro, Michele lembrou que já havia sido aprovado pelo Conselho de Representantes, enfatizando que a Diretoria mantém sua política de contenção de gastos.

Após a exposição inicial, perguntou-se se havia algum destaque. Marcos Bernardino de Carvalho (EACH), que compõe​ o Grupo de Trabalho de Políticas Agrárias e Socioambientais (GTPAS), apontou erro no nome do grupo e pediu a inclusão de uma atividade realizada​ pelo GTPAS: entrevista com o pesquisador uruguaio Eduardo Gudynas, do Centro Latino-Americano de Ecologia Social, sobre seu livro Derechos de la Naturaleza, material que comporá a próxima edição da Revista Adusp. Não havendo mais destaques, o relatório foi colocado para votação​ e foi aprovado por unanimidade.

Cessada a assembleia ordinária, iniciou-se a extraordinária, que tinha como pontos de pauta a data-base de 2024 e eleição da delegação para o 67o Conad, que será realizado entre os dias 26 e 28 de julho, em Belo Horizonte (MG). Michele explicou que a Diretoria, assim como fez na ocasião para eleição de delegação ao Congresso do Andes-SN, sugeriu que a delegação seja reduzida, dada a situação financeira da entidade. Por isso, sugeriu um(a) delegado(a) e um observador(a), com possibilidade de até dois(duas) observadores(as). Informou que a Diretoria indicava o nome de Márcio Moretto (EACH), 1o tesoureiro, como delegado. A assembleia aprovou a participação de Márcio Moretto como delegado, e de Celso Eduardo Lins de Oliveira (FZEA) e Marcos Bernardino de Carvalho como observadores.

Seguiu-se o debate da data-base 2024. Michele apresentou o indicativo do Fórum das Seis de mobilização no segundo semestre para reabertura de negociação.​ Carlos Gilberto Carlotti Jr., reitor da USP e atual presidente do Cruesp, respondeu ao ofício do Fórum das Seis que pedia novas reuniões técnicas e de negociação alegando que não havia fato novo. Na avaliação do Fórum há fato novo: a arrecadação do ICMS nos primeiros cinco meses do ano cresceu 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Tal fato, juntamente com os dados de perdas salariais desde 2012 (12,23% ou 20,3 salários), é mais do que suficiente para que o Cruesp responda à​ solicitação de reabertura de negociações. Há ainda os outros itens da pauta que não foram​ discutidos. Várias​ entidades do Fórum já estão debatendo e protocolaram suas pautas específicas.

No debate, os(as) presentes concordaram com a avaliação do Fórum de que será difícil mobilizar a categoria neste final de semestre, e concordaram que devemos dar peso à mobilização no próximo semestre, com a continuidade da divulgação dos dados de arrecadação e perdas salariais. Sendo assim, a categoria deve estar atenta aos chamados para as atividades.

Michele lembrou que no dia 25 de junho o Fórum realizará um debate em Bauru sobre como se dará o financiamento das universidades estaduais paulistas após a reforma tributária. Participarão da atividade Sebastião Neto Ribeiro Guedes, diretor da Adunesp e representante da Unesp no GT instituído pelo Cruesp sobre o tema; José Luís Pio Romera, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, membro do GT Verbas da Adusp/Fórum das Seis; e Michele Schultz, presidenta da Adusp e coordenadora do Fórum das Seis.

Por fim, foi dado breve informe sobre a greve dos(as) docentes das instituições federais de ensino, iniciada há mais de dois meses. ​O governo federal avançou em alguns pontos da pauta de reivindicações, mas a negociação salarial não avançou em proposta de algum índice ainda em 2024; e o anúncio de pequeno aumento nos índices em 2025 e 2026 está muito aquém das perdas acumuladas que chegam a 40% desde 2010. A proposta inicial era de reajuste de 22,71%, referente às perdas acumuladas desde 2016.​ O Andes-SN chegou a protocolar nova proposta de reposição da inflação de 3,7%, mas o governo não a​ceitou negociar. Nova rodada de assembleias será avaliada pelo Comando Nacional de Greve.

EXPRESSO ADUSP


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