Conjuntura Nacional
Ex-reitores(as) exigem “punição exemplar” de generais, coronéis e civis envolvidos na trama golpista para assassinar Lula, Alckmin e Moraes
Cinquenta e sete ex-reitores e ex-reitoras de universidades públicas brasileiras assinaram manifesto “em defesa da preservação e valorização da democracia”, no qual exigem “punição exemplar” para todos os envolvidos nos planos de golpe de estado e de assassinato, ainda em 2022, do então presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva (PT), do então vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB, ex-PSDB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal e, à época, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Entre os signatários encontram-se Nelson Maculan Filho e Roberto Leher, ex-reitores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Soraya Smaili, ex-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Sebastião Elias Kuri, José Rubens Rebelatto, Newton Lima Neto, Targino de Araújo Filho e Maria Stella Coutinho de Alcântara Gil, os cinco da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Naomar Almeida Filho, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB); Margarida Salomão, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Chama atenção a ausência, entre os signatários(as), de qualquer ex-reitor(a) da USP, Unesp e Unicamp, que estão entre as maiores universidades brasileiras.
De acordo com o manifesto, que se dirige à sociedade brasileira e “às autoridades dos três poderes”, a punição dos “responsáveis, financiadores, mandantes, comandantes e agentes que efetivariam os assassinatos com o objetivo de promover uma ditadura” precisa ser célere, “pois a liberdade dos golpistas e assassinos representa uma perigosa ameaça ao Estado de Direito Democrático”.
Tal entendimento, dizem as autoras e autores do manifesto, fundamenta-se na constatação de que “o ex-presidente Bolsonaro e mais 36 pessoas de seu círculo imediato e palaciano — 24 militares, incluindo seis generais, sendo um deles o vice-presidente da chapa perdedora, e um almirante de esquadra — foram indiciados por [crimes de] Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito; Tentativa de Golpe de Estado e Associação Criminosa, demonstrados pela PF em um processo de mais de 800 páginas, construído em quase dois anos de investigação”.
Leia aqui a íntegra do Manifesto e a relação de signatários(as).
Fortaleça o seu sindicato. Preencha uma ficha de filiação, aqui!
Mais Lidas
- Justiça Federal emite mandado de prisão contra o “hacker” Azael, autor de ataques à USP em março
- Carta aberta de discentes de pós-graduação da FFLCH rejeita “novo modelo” de doutorado e mestrado proposto por Capes, Fapesp e PRPG
- Aquisição de terrenos aprovada pelo Conselho Universitário da USP será improbidade administrativa, caso realmente ocorra
- Projeto de Carlotti Jr. de “expansão” do câmpus de Ribeirão Preto votado no Co ignora proposta de “Câmpus Parque”, formulada por uma comissão criada pelo próprio reitor em 2023
- Associação dos Pesquisadores Científicos rejeita substitutivo do PLC 9/2025, e exorta o governo estadual a retirar da Alesp a matéria